Após empatar sem gols com o Cruzeiro nesta quinta-feira (12), no Barradão, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Vitória entra na pausa para o Mundial de Clubes vivendo um jejum de cinco jogos sem vencer. Apesar da sequência negativa, o Leão da Barra encerra essa fase fora da zona de rebaixamento — ao menos por enquanto. Com 11 pontos, o clube ocupa a 16ª colocação, à frente do Internacional, que tem a mesma pontuação, mas saldo de gols inferior.
Ainda assim, o técnico Thiago Carpini classificou a partida como “triste”, não apenas pelo resultado, mas também pelos acontecimentos que marcaram o duelo. O Vitória jogou toda a segunda etapa com um jogador a mais, após a expulsão de Eduardo, nos acréscimos do primeiro tempo. O lateral do Cruzeiro foi expulso por uma entrada dura em Jamerson, que sofreu uma fratura e rompimento dos ligamentos do tornozelo direito. O jogador precisou deixar o estádio de ambulância e foi submetido a cirurgia ainda na noite de quinta-feira.
“Não era o que a gente imaginava. Trabalhamos muito nos últimos dias para conquistar uma vitória em casa. A equipe vem numa crescente em termos de ambiente, mas o gramado hoje estava impraticável. A nossa superioridade numérica pouco pôde ser aproveitada nessas condições. O Carlinhos entrou para brigar por uma bola, era um jogo de guerra, de disputa. Pelas circunstâncias, pela lesão do Jamerson, foi uma noite muito triste. O grupo sentiu bastante, é um momento difícil para o atleta”, afirmou Carpini, em entrevista coletiva após a partida.
Apesar de ter atuado com um jogador a mais, o Vitória não conseguiu transformar a vantagem em domínio técnico ou chances claras. E essa não foi a primeira vez que a equipe desperdiça uma oportunidade semelhante. Contra o Bahia e o Universidad Católica, por exemplo, o Rubro-Negro também teve superioridade numérica durante boa parte dos jogos, mas acabou derrotado. Desta vez, porém, Carpini atribuiu o baixo rendimento às condições do gramado.
“Sobre os jogos anteriores, já falamos quando aconteceu. Bahia, Universidad Católica… passou. Perdemos, fomos eliminados, perdemos um título. São águas passadas. Sobre hoje, ter um a mais pouco influenciou. Não houve controle, nem volume de jogo. Foi uma partida travada, de muita disputa. Impossível fazer qualquer avaliação técnica diante de um campo nessas condições”, concluiu o treinador. Agora, o elenco do Vitória terá 15 dias de folga antes de iniciar a preparação para o retorno do Brasileirão. A equipe volta a campo apenas no segundo fim de semana de julho, quando enfrenta o Internacional, no Beira-Rio, pela 13ª rodada.
Crédito: Reprodução