O deputado federal Capitão Alden (PL) fez duras críticas ao Poder Judiciário baiano, classificando-o como “frágil” ao abordar a baixa taxa de elucidação de crimes no estado. Segundo ele, “Judiciário na Bahia é o mais caro e lento” do país, e há mais de 10 mil inquéritos de homicídio ainda sem solução.
“O poder judiciário é frágil. Nós temos hoje na Bahia mais de 10 mil inquéritos policiais relacionados a homicídios sem solução. A Bahia é o estado que menos elucida crimes no Brasil, apenas 14, 15% dos crimes são elucidados, especialmente relacionados a homicídios. Você tem uma polícia civil e judiciária aqui no nosso estado que tem um efetivo de 5.300 policiais para todo o estado da Bahia, [que possui] 417 municípios. Em 200 municípios, de 417, não existem delegados titulares. Em 100 municípios baianos sequer existe policial civil”, declarou o parlamentar.
Ele também destacou o déficit de juízes como um dos fatores que comprometem a eficiência da Justiça: “O poder judiciário na Bahia é o mais lento e o mais caro do Brasil. Hoje faltam aqui 350 juízes que deixam de ocupar essas vagas. Isso faz com que cada juiz baiano tenha uma média de 4 mil processos em cima da mesa. Nós levamos, em média, quatro anos para poder julgar um único processo. É um conjunto de fatores que permitem que as facções se sintam abrigadas aqui no Estado.”
As declarações foram feitas durante o evento “SOS Bahia”, que debateu a segurança pública no estado e contou com a presença do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do ex-capitão do BOPE e autor de “Tropa de Elite”, Rodrigo Pimentel.
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