O governador da Bahia se reuniu com representantes da empresa CCCC e da nova concessionária CCECC, responsáveis pela construção da Ponte Salvador Itaparica. O consórcio comentou que tem encontrado rochas frágeis no solo e tem demonstrado preocupação com isso. “Logo pela manhã, colocaram sobre a mesa cinco questões que eu não conhecia oficialmente. Pedi que suspendessem a reunião para que eu pudesse analisar. Voltei no fim do dia e passamos horas discutindo ponto a ponto”, afirmou o governador.
Rochas frágeis são frequentemente encontradas na forma de sedimentos recém-formados, como arenitos, argilos, e calcários, que são mais propensos a serem erosionados e alterados pela ação das ondas, correntes e salinidade. Além da questão técnica, foram discutidos temas como vistos para engenheiros chineses e captação de recursos junto a bancos públicos, como BNDES e Banco do Nordeste. Jerônimo ressaltou que esses pontos não constam no contrato atual, mas que há disposição para dialogar. “Os outros temas não dizem respeito ao projeto em si, mas têm impacto na viabilidade da execução”, disse.
O governador também que a obra da Ponte Salvador-Itaparica foi um dos temas centrais de Lula nas reuniões com lideranças chinesas. “O presidente levou o tema da ponte em todos os encontros. O secretário-geral do partido, o primeiro-ministro e o próprio Xi Jinping demonstraram apoio e disseram que o projeto está entre os estratégicos para a relação com o Brasil”, relatou Jerônimo.
O petista revelou desconforto com a situação e afirmou que o contrato pode ser assinado nos próximos dias. “Ainda não estou confortável, porque quero que as coisas avancem, mas saí de lá otimista com os sinais que recebemos. Podemos assinar o contrato nos próximos dias e partir para ações concretas como desapropriações e o projeto final”, concluiu o governador.
Foto: Divulgação/Concessionária Ponte Salvador-Itaparica
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