quarta, 07 de maio de 2025
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BRASIL E CHINA DEVEM FECHAR 16 ACORDOS EM NOVA VISITA DE LULA A PEQUIM

Victoria Isabel - 06/05/2025 17:30

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca, nesta terça-feira (6), para uma viagem à Rússia e à China em busca de diversificação comercial para o Brasil e fortalecimento de laços diplomáticos. A partida da Base Aérea de Brasília está prevista para às 22h.

A convite do presidente chinês, Xi Jinping, Lula participa da cúpula entre China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nos dias 12 e 13 de maio, além de fazer uma visita de Estado, com a assinatura de, pelo menos, 16 atos bilaterais.

“A lista de acordos é prolífica e variada”, disse o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Mauricio Lyrio, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (6). Ele contou que outros 32 atos estão em negociação e poderão se somar à lista.

Lyrio lembrou que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com superávit brasileiro, e importante investidor no país, em uma relação bilateral com alto nível de institucionalização.

Este será o terceiro encontro de Estado entre os dois presidentes neste governo Lula, o último ocorreu em novembro de 2024, quando Xi Jiping esteve em visita a Brasília.

“Depois da visita do presidente Xi, acho que ficou bem clara a ideia de explorar novas vertentes de cooperação. Tem uma força-tarefa que trabalha a questão das sinergias entre as estratégias de desenvolvimento do Brasil e iniciativas como o Cinturão e Rota [programa de cooperação chinês]”, disse Lyrio

“Então, isso certamente estará na agenda desta visita, assim como a visão muito convergente dos dois países em matéria de defesa do multilateralismo, defesa da reforma da governança global e apoio a soluções pacíficas”, acrescentou o embaixador.

Na comitiva de Lula estarão muitos ministros e parlamentares, “reflexo da densidade da relação”.

“Realmente, existe uma força tarefa, coordenada uma parte pelo ministro [da Casa Civil] Rui Costa, outra parte também tem o Ministério da Fazenda e Banco Central. Há uma mobilização de toda a esplanada [dos ministérios] para intensificar essa relação com a China no campo da infraestrutura, das finanças e da ciência, tecnologia e inovação”, disse Maurício Lyrio.

Ele citou ainda a intenção do Brasil de atrair investimentos chineses para os projetos brasileiros de neoindustrialização, de capacitação tecnológica e de transição energética.

Foto:  Ricardo Stuckert/PR

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