O presidente Lula (PT) comparou as redes sociais com um poder absolutista que “desconhece fronteiras e visa subjugar as jurisdições nacionais” ao defender a regulamentação das plataformas digitais na noite desta segunda-feira, 17, durante discurso na solenidade de posse do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Nos deparamos com desafios civilizatórios típicos do nosso tempo. Quero destacar a desinformação e a propagação do ódio nas redes sociais. Diante de uma falta de regulamentação adequada, temos observado uma tendência de concentração de poder sem precedentes nas oligarquias digitais”, afirmou o presidente.
Diferente dos demais pronunciamentos, nesta noite, o petista não citou o dono do X (antigo Twitter), e membro do governo dos Estados Unidos, Donald Trump, Elon Musk, ao falar sobre as redes sociais. Na ocasião, Lula também defendeu a necessidade de equidade no acesso ao ambiente digital. “É preciso assegurar que todos tenham acesso equitativo às oportunidades no ambiente digital e que estejamos todos protegidos da ameaça de uma nova forma de colonialismo, o chamado colonialismo digital”.
O petista foi além das redes sociais e também falou sobre o papel da OAB na defesa da democracia e voltou a mencionar o plano golpista montado pelo seus opositores, que contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e os seus aliados, em 2022, de acordo com a Procuradoria-Geral da República. “Por trás dos episódios estão os mesmos ideais autoritários, métodos violentos e agentes saudosos da ditadura”, disse o presidente.
Posse OAB
Na noite desta terça-feira, 17, Beto Simonetti foi reconduzido ao comando do Conselho Federal da Ordem dos Advogados (OAB). Além de Lula, também marcaram presença no evento, os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
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