O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), terá uma reunião nesta quinta-feira (7) com o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick.
O encontro, que ocorrerá por videoconferência às 17h30, abordará o aumento das tensões comerciais após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar a possibilidade de novas tarifas sobre produtos importados.
Para Alckmin, a melhor forma de lidar com a situação é por meio do diálogo. Ele também considera viável a negociação de um acordo para a definição de cotas de exportação, semelhante ao firmado em 2018, evitando a imposição de sobretaxas.
Embora o Brasil ainda não tenha sido diretamente impactado, setores estratégicos da economia podem ser afetados pelas medidas tarifárias dos EUA. Produtos como alumínio e madeira, além de itens agrícolas e etanol, estão entre os que podem sofrer supertaxação.
Donald Trump tem mencionado o Brasil como um dos países que, segundo ele, impõem tarifas excessivas aos EUA. Atualmente, os Estados Unidos são o principal destino das exportações do setor, recebendo 42,4% do total. A decisão de Trump de aplicar uma tarifa de 25% sobre produtos florestais importados pode comprometer a competitividade da produção brasileira.
O etanol também está no centro das discussões. No Brasil, há uma tarifa de 18% sobre o produto americano, enquanto os EUA cobram apenas 2,5% sobre o etanol brasileiro. A política de “tarifas recíprocas”, defendida por Trump, pode resultar no aumento dessa taxação.
Além disso, o aço e o alumínio, que figuram entre os principais produtos exportados pelo Brasil para os EUA, também podem ser atingidos. No entanto, até o momento, o governo brasileiro não anunciou nenhuma medida em resposta, como a elevação de tarifas sobre produtos americanos.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil