Comida de rua e altas temperaturas podem ser uma combinação perigosa. Com temperaturas extremas previstas para o Brasil nos próximos dias, a conservação dos alimentos se torna um desafio ainda maior e especialistas orientam foliões sobre como evitar intoxicações alimentares e manter a energia para curtir o Carnaval com saúde.
A nova onda de calor que deve atingir diversas regiões do Brasil, inclusive a Bahia, durante o carnaval traz um alerta importante para os foliões: o risco aumentado de intoxicações alimentares. Com temperaturas extremas, a proliferação de bactérias nos alimentos expostos ao calor ocorre de forma ainda mais rápida, tornando essencial a escolha cuidadosa do que consumir durante as festas de rua.
O Carnaval é sinônimo de festa, música e muita energia, mas também exige atenção especial à alimentação. Para evitar problemas gastrointestinais e manter o pique durante os dias de festa, o gastroenterologista Luiz Almeida, do IDOMED, e a nutricionista Taiane Cazumbá,do UniRuy Wyden, dão dicas sobre o que comer e o que evitar no período.
O que evitar nas festas de rua
De acordo com o gastroenterologista, Luiz Almeida, um dos principais vilões do Carnaval são os alimentos vendidos sem refrigeração adequada. “A exposição de alimentos ao calor pode facilitar a proliferação de bactérias e causar intoxicações alimentares. Por isso, a refrigeração e o armazenamento adequado são essenciais para evitar a contaminação, especialmente em alimentos como saladas, ovos e maionese. Os foliões devem ter atenção redobrada ao consumir alimentos vendidos em barracas sem controle sanitário adequado”, alerta.
Outro cuidado essencial é com os alimentos expostos à temperatura ambiente por longos períodos, principalmente em dias quentes. “ Optar por alimentos cozidos ou assados, evitando carnes cruas ou mal passadas, reduz o risco de contaminação por micro-organismos”, orienta a nutricionista, Taiane Cazumbá.
O que comer para ter energia e evitar problemas gastrointestinais
Para garantir disposição durante a folia, a nutricionista Taiane Cazumbá recomenda dar preferência a alimentos leves e de fácil digestão antes de sair para o circuito. “Frutas, oleaginosas como castanhas e amêndoas, barras de cereais e sanduíches naturais são boas opções para manter a energia sem sobrecarregar o organismo. Além disso, é interessante levar snacks saudáveis na bolsa, como frutas secas ou castanhas, para manter a energia ao longo do evento”, sugere a especialista.
Outro ponto fundamental é a hidratação, principalmente para quem consome bebidas alcoólicas. De acordo com o gastroenterologista, o álcool causa desidratação, então é fundamental beber bastante água ou isotônicos para minimizar seus efeitos. “Uma alimentação leve, mas consistente, antes da ingestão de álcool ajuda a reduzir a absorção da bebida pelo organismo, diminuindo a rapidez com que os níveis de alcoolemia aumentam no sangue”, orienta.
Além disso, beber água durante o consumo de álcool também contribui para prevenir a ressaca no dia seguinte. “Muitos sintomas como dor de cabeça, boca seca e enjoo são causados pela desidratação. Além disso, o álcool pode causar gastroparesia, um processo inflamatório que desacelera o esvaziamento do estômago, resultando em mal-estar e sensação de empachamento”, explica.
Segurança alimentar na rua
Se a fome apertar no meio da festa, os especialistas recomendam atenção redobrada na escolha dos alimentos vendidos por ambulantes. “Ao consumir alimentos de rua, é necessário avaliar sua procedência e qualidade, priorizando opções preparadas na hora e evitando aquelas que ficaram expostas por muito tempo. Seguindo essas recomendações, é possível curtir o Carnaval com mais segurança e disposição, garantindo uma festa mais saudável e sem imprevistos”, enfatiza a nutricionista.
Afinal, cuidar da alimentação é essencial para garantir disposição e bem-estar durante a folia.
Foto: Niraldo Júnior/Pexels