A indústria estabelecida de veículos no Brasil está estudando encaminhar pedido de processo antidumping contra montadoras chinesas, que têm contado com importações para se firmarem no país, Segundo informa o presidente da Anfavea –Associação de Montadoras de Veículos, Marcio de Lima Leite.
A BYD vende modelos importados da China enquanto constrói sua fábrica em Camaçari, do mesmo jeito que a GWM.
A BYD terminou dezembro entre as dez maiores marcas de veículos leves do país, com 4,14% de participação no total de vendas no mercado interno, à frente da Honda e da Nissan e praticamente empatada com a Jeep, do grupo Stellantis. No acumulado do ano, a empresa chinesa ficou na décima posição com 3,1% do mercado.
Considerando apenas veículos elétricos e híbridos, BYD e GWM lideraram o mercado brasileiro: BYD vendeu 76,8 mil carros e comerciais leves no Brasil em 2024 e GWM 29,2 mil unidades, ante 20,3 mil híbridos da Toyota e 8,6 mil unidades da Volvo Car, que é subsidiária da chinesa Geely.
Mas serão incluídas também marcas que vendem caminhões, ônibus e máquinas agrícolas e rodoviárias.
O antidumping ocorre quando uma, ou várias empresas , exporta um produto a um preço inferior ao preço normalmente cobrado em seu mercado interno”. O pedido é feito ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,
Se o processo for aberto, haverá uma investigação do país alvo do dumping e se determinará se a prática está causando “dano material” no país importador. O resultado pode ser a aplicação unilateral de sobretaxa sobre importações de produtos das empresas alvo da investigação. (IN)