O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor após um atraso de quase três horas, neste domingo (19). O início da trégua foi adiado após o grupo terrorista demorar para divulgar a lista das primeiras reféns que serão libertadas. Mais cedo, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um comunicado afirmando que o acordo não entraria em vigor até que o Hamas divulgasse a lista.
Em seguida, o grupo terrorista declarou que não havia enviado os nomes ao governo de Israel por “razões técnicas”. O cessar-fogo deveria ter entrado em vigor às 8h30 pelo horário local (3h30 em Brasília). Com o atraso, as Forças de Defesa de Israel bombardearam algumas regiões de Gaza em uma operação aérea. Duas horas depois, o Hamas divulgou os nomes de três mulheres reféns que serão libertadas neste domingo.
Após receber a lista, o governo de Israel anunciou que o cessar-fogo começaria às 11h15, pelo horário local (6h15, em Brasília). Os detalhes dos nomes foram checados, e as famílias das reféns foram comunicadas. Segundo o governo israelense, o resgate das vítimas acontecerá às 16h, pelo horário local (11h, em Brasília). Outros quatro reféns devem ser libertados pelos terroristas nos próximos sete dias.
O tratado, anunciado nos últimos dias, será implementado em três etapas. Nesta primeira fase, 33 reféns serão libertados gradualmente pelo Hamas. Em troca, as tropas de Israel irão recuar na Faixa de Gaza. Além disso, prisioneiros palestinos também serão soltos. Esta é a segunda vez que Israel e Hamas terão uma trégua, desde outubro de 2023. A primeira pausa no conflito aconteceu no fim de novembro daquele ano e durou apenas uma semana.
Em Gaza, pessoas foram às ruas para comemorar o cessar-fogo.
Foto: Mahomed Salem/Reprodução/Agência Brasil