O presidente Lula vai fazer uma reforma ministerial, segundo informam auxiliares do chefe do Executivo. A avaliação é que o governo precisa dar um “cavalo de pau” na articulação política, na comunicação e atrair tanto o Centrão quanto os evangélicos para as bases de apoio.
Essas mudanças seriam necessárias para pavimentar o caminho de Lula para a reeleição em 2026. Por isso Lula teria uma estratégia econômica: atender o mercado e cortar gastos; aumentar a isenção de Imposto de Renda para trabalhadores com renda de até R$ 5.000; dar apoio ao fim da jornada de trabalho 6X1 e cortar benefícios fiscais dos empresários.
E uma estratégia política que incluiria uma reforma ministerial.
Os nomes cotados são: Marcos Pereira (SP), deputado federal e presidente do Republicanos, partido que é o braço político da Igreja Universal. Segundo auxiliares de Lula, o interesse do partido, de Pereira e da Universal é o Ministério das Comunicações, responsável pelo processo de concessões e renovações de rádios e TVs no Brasil.
No caso da articulação política, o mais cotado para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República é o atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Silveira está à frente de programa que Lula considera estratégicos como ofertar gás para 21 milhões de famílias de baixa renda e distribuir botijões de gás para 20 milhões de famílias de baixa renda até 2026.
O Ministério das Minas e Energia, seria oferecido ao PSD de Kassab ou outro partido do Centrão. Mas o Centrão quer mesmo é o Ministério da Saúde, que deve ir para o PP. O atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é cotado para a pasta. O eventual embarque de Lira no governo garantiria apoio político na Câmara e seria um forte golpe no partido comandado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Outras duas mudanças são consideradas por Lula em fevereiro: na Secretaria de Comunicação da Presidência da República e na Secretaria-Geral da Presidência da República.
Os titulares das pastas, Paulo Pimenta e Márcio Macedo, voltariam para a Câmara dos Deputados e dois petistas assumiriam os postos. Os nomes de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e do deputado federal Rui Falcão são cotados para a Secretaria-Geral. Para a Secom, Lula ainda não escolheu o substituto. As informações são da Exame.
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
