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OEC, QUE TEM SEDE EM SALVADOR, PREVÊ A CRIAÇÃO DE NOVA EMPRESA EM PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Redação - 10/09/2024 18:00 - Atualizado 11/09/2024

A OEC (Odebrecht Engenharia & Construção), que faz parte da holding Novonor, sediada em Salvador, protocolou na na noite de segunda-feira (9), o plano de recuperação judicial da empresa que prevê a formação de uma nova empresa de engenharia, que poderá atrair um novo sócio, e define que as dívidas do grupo serão pagas por um novo financiamento, a ser firmado no âmbito da reestruturação.

O plano terá que ser aprovado pelos credores em assembleia. O prazo máximo para a convocação é de 150 dias, mas o objetivo é antecipar a votação ao máximo.

A OEC entrou em recuperação judicial no dia 27 de junho, para reestruturar uma dívida de US$ 4,6 bilhões. O grosso da dívida da construtora são cerca de US$ 4 bilhões de bônus (“bonds”) emitidos no mercado externo. O BTG comprou boa parte dos bônus e se tornou um dos principais credores do processo.

O plano prevê uma redução expressiva dos créditos: para a quitação dos “bonds”, a empresa não considera o montante dos US$ 4 bilhões, mas sim o valor de mercado desses títulos — que um mês antes de a recuperação judicial ser protocolada era de US$ 130 milhões no total.

Em cima deste valor, a proposta de pagamento prevê ainda um novo corte: para os credores que aderirem ao novo financiamento que será dado à OEC, o desconto será de 41,7% — ou seja, receberão 58,3% do valor dos bônus. Já os credores que não aderirem ao novo financiamento terão um corte maior, de 81,6%, recebendo 18,4%.

Os recursos para o pagamento virão justamente desse novo financiamento, que ficará entre US$ 120 milhões e US$ 150 milhões, a depender da adesão dos credores. O BTG, que é o principal credor, será também o âncora no novo empréstimo, que será feito na modalidade “debtor-in-possession” (DIP), que garante prioridade absoluta no pagamento dentro da recuperação judicial. O BTG garantiu US$ 120 milhões dos recursos, e o montante pode subir caso outros credores aceitem entrar no empréstimo — o que também garante um corte menor no recebimento das dívidas.

Essa nova dívida tem vencimento de 48 meses — com 50% da amortização 36 meses após o desembolso e os demais 50% 48 meses após o desembolso — e será remunerada a 18% ao ano. Com informações do Valor Econômico.

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