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ÍNDICE ABCR RECUA 0,4% EM AGOSTO

Bruna Carvalho - 10/09/2024 10:59

O Índice ABCR referente a agosto de 2024 caiu 0,4% no comparativo com julho, considerando a série dessazonalizada. O índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas é construído pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias juntamente com a Tendências Consultoria.

Mantida a comparação mensal dessazonalizada, o resultado foi fruto da queda de 0,4% tanto do índice de veículos leves quanto de veículos pesados. Comparado ao mesmo período do ano passado, o índice total avançou 3,9%, devido ao crescimento de 4,3% de leves e 3,0% de veículos pesados. Nos últimos 12 meses, o índice total acumula crescimento de 4,6%, fruto do aumento de 4,3% de veículos leves e 5,5% de pesados.

“Para os veículos leves, o desempenho negativo de agosto deve ser contextualizado, considerando que o índice vinha de quatro meses consecutivos de crescimento, período em que sucessivamente renovou as máximas históricas. Assim, vale monitorar os próximos resultados a fim de avaliar se, de fato, os sinais são de perda de dinamismo ou movimentos mais erráticos, ainda que se preserve uma tendência positiva. Do ponto de vista econômico, há fatores que tendem a limitar o tráfego de veículos leves, como o menor ritmo de aquecimento do mercado de trabalho, considerando os sinais iniciais de menor ritmo de crescimento da massa de renda das famílias. Além disso, o aumento das pressões inflacionárias e a piora das condições financeiras atuam como entraves adicionais para o consumo de serviços não essenciais pelas famílias, como viagens de lazer”, pontuam os analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Gonçalves.

“O tráfego de pesados registrou o segundo mês consecutivo de retração. Esses resultados também precisam ser contextualizados à luz das dinâmicas positivas dos meses anteriores e monitorados nos próximos meses para avaliar os efeitos do quadro macroeconômico sobre esse índice. Quanto aos determinantes macroeconômicos, atuam fatores limitadores relevantes, como a menor taxa de crescimento esperada do consumo das famílias e o período sazonal de baixa da produção de importantes culturas agrícolas”, completam.

Foto: Pexels

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