As obras do galpão de 120 mil metros quadrados, o ponto de partida da fábrica da BYD em Camaçari (BA), estarão concluídas em outubro deste ano, e a construção estará pronta para receber a primeira linha de produção, de onde, ainda neste ano, sairão os primeiros veículos da marca montados no Brasil.
A informação é do vice-presidente da BYD Brasil, Alexandre Baldy, que afirmou que na fábrica, os carros elétricos serão montados inicialmente com kits de peças que virão da China. Segundo ele, o equipamento da linha de montagem já está no mar, a caminho, vindo da Ásia. A nacionalização só começará em 2025, incluindo fornecedores de componentes para veículos híbridos movidos a etanol.
O vice-presidente disse que cerca de 1,2 mil pessoas trabalham hoje no local e que a antiga fábrica da Ford está passando por uma transformação gigante. Em Camaçari, trabalham não só operários da construção, mas também técnicos e engenheiros dedicados ao desenvolvimento de produtos e em setembro 100 brasileiros embarcarão para a China e, no sentido inverso, chineses também têm vindo para o Brasil.
Em Camaçari também já começaram as obras de construção de prédios residenciais, onde os funcionários poderão morar. Trata-se de um modelo que a companhia já adota em sua sede, em Shenzhen, China. As moradias ficarão a 3,5 quilômetros da fábrica, em área de 81 mil metros quadrados e terão capacidade para 4,2 mil pessoas.
A preocupação do executivo é com as montadoras veteranas, que têm se mobilizado contra a concorrência chinesa sob a alegação de que essas empresas produzem na China com subsídios e tentam convencer o governo brasileiro a antecipar o aumento do Imposto de Importação para carros híbridos e elétricos, mas o governo já decidiu pelo aumento gradual do imposto, entre janeiro deste ano e julho de 2026, quando, então, entrará em vigor a alíquota máxima, de 35%, para todos os tipos de carros.
Segundo Baldy, hoje, sete de cada dez veículos 100% elétricos vendidos no país são da BYD, que já ocupa a décima posição, com 3% das vendas de veículos leves em agosto, segundo dados da Fenabrave. (Veja aqui).
E destaca também que a marca também tem sido agressiva na escolha de grupos sólidos para a nomeação de concessionárias. Segundo Baldy, o plano é elevar das atuais 130 para 250 concessionárias até o fim de 2025. A informações foram dadas por Baldy ao jornal Valor Econômico
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