Na Bahia, 18,5% das pessoas que tentaram ser microeempreendedoras individuais encerram as atividades em até 3 anos. O dado é da pesquisa de Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais (MEIs), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e divulgada nesta quarta-feira (21). Segundo a pesquisa, dos 113.393 trabalhadores filiados em 2019, no estado, 92.403 estavam ativos em 2022, representando uma taxa de sobrevivência de 81,5% nos três anos.
A analista do Sebrae Valquíria Pádua explica que a falta de planejamento aliada a uma gestão financeira deficiente e a saturação do mercado estão entre as principais causas do fechamento dos empreendimentos. “Quando você tem uma empresa MEI, é necessário ter alguns cuidados para que ela não venha a fracassar. O empreendedor tem que estar sempre atento as novidades do mercado, procurando inovar, porque a competição está grande e o mercado está bem competitivo. Uma gestão eficiente, principalmente da parte financeira, é um fator decisivo para o sucesso de empreendimento”, disse em entrevista ao Jornal Correio.
De maneira geral, entre 2021 e 2022, período de análise da pesquisa, houve crescimento de 11,1% no número de MEIs no estado. Valquíria conta que, em julho de 2024, o Sebrae registou a presença de 825.103 em território baiano, um aumento de 6,5% em relação aos números de 2022. “Esse aumento se deve a facilidade de abrir uma empresa e gerar um CNPJ através da internet de forma rápida, sem precisar de contador ou do deslocamento a um órgão. Além disso, o custo de manutenção de uma empresa MEI é baixa, simplificada e com valores fixos. O empreendedor passa a ter um CNPJ, que é uma vantagem competitiva em relação a quem está na informalidade, além de benefícios previdenciários, tarifas mais vantajosas em bancos e a possibilidade de participar de licitações”, relatou.
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