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KAMALA AVANÇA SOBRE TRUMP EM TODOS OS 7 ESTADOS QUE VÃO DEFINIR A ELEIÇÃO

João Paulo - 10/08/2024 12:58 - Atualizado 10/08/2024

A substituição de Joe Biden, 81, por Kamala Harris, 59, impulsionou as intenções de voto nos democratas em todos os sete estados que determinarão o vencedor da corrida pela presidência americana. Há três semanas, a própria campanha democrata admitia em um memorando interno que dificilmente conseguiria virar o jogo no Arizona, na Geórgia e em Nevada -Donald Trump, 78, já havia conseguido abrir uma vantagem de 5 pontos percentuais, na média das pesquisas.

Agora, o empresário aparece empatado com Kamala nos três estados do chamado Cinturão do Sol, segundo média dos levantamentos realizados desde a troca no time democrata. Esses colégios eleitorais se destacam no grupo dos sete por sua demografia: latinos são 22% e 25% do eleitorado de Nevada e Arizona, respectivamente. Na Geórgia, um terço é negro, de acordo com o Pew Research Center.

São dois grupos em que Biden vinha perdendo apoio -não necessariamente para Trump, mas em razão de uma insatisfação com o octogenário. Assim, muitos declaravam que não votariam neste ano (a participação eleitoral nos EUA não é obrigatória) ou que escolheriam o candidato independente Robert F. Kennedy Jr. Kamala, a primeira mulher não branca a disputar a Presidência por um grande partido, vem fazendo parte desses eleitores mudarem de ideia, mostram os dados, o que explica sua ascensão nas pesquisas, enquanto Trump tem se mantido praticamente constante, na média.

“Se Kamala é de certa forma inexperiente no Meio-Oeste, um dos pontos positivos de sua candidatura, pelo menos até agora, é que ela parece ter reaberto o caminho dos democratas no Cinturão do Sol”, afirma J. Miles Coleman, do Sabato’s Crystal Ball, um dos principais centros de projeção eleitoral americanos, vinculado à Universidade da Virgínia. Nesta semana, o grupo retirou a Geórgia do grupo de estados que tendem a Trump e colocou entre aqueles em que o resultado é imprevisível.

Outro fator citado na análise é menos demográfico, e mais partidário: o empresário voltou a atacar o governador da Geórgia, o também republicano Brian Kemp, em um comício no estado na semana passada. Trump culpa o colega de partido por ter perdido a eleição no estado em 2020. “Ele é um cara ruim”, afirmou o empresário. “Muito desleal. E um governador muito mediano.”

Foto: Reprodução / X

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