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REFEIÇÃO DO TRABALHADOR BRASILEIRO SOBE 11% EM 2024

Matheus Souza - 07/08/2024 14:58

São Paulo, 07 de agosto de 2024 – O preço médio da refeição completa fora do domicílio ultrapassou R$ 50,00 no Brasil, de acordo com a pesquisa anual realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). O valor médio da refeição completa para o trabalhador que se alimenta fora do ficou em R$ 51,61, 10,8% maior do que em 2023, mantendo-se entre R$ 45,00 e R$ 50,00 em todas as regiões, à exceção da região Sudeste que apresentou o maior valor, de R$ 54,54

Refeição completa – O estudo considera refeição completa a composta por um prato acompanhado de bebida não alcóolica, sobremesa e cafezinho. O preço mais alto entre as capitais foi registrado em Florianópolis (SC) que atingiu R$ 62,54, valor 11% acima do ano passado e quase R$ 11,00 maior do que a média nacional. Outros destaques são o Rio de Janeiro (RJ), com R$ 60,46, e São Paulo (SP) que apresenta o preço médio de R$ 59,67.

Resultados da pesquisa – No total foram pesquisadas 51 cidades, de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal e com 5.640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em inteligência de mercado.

Benefício melhora a alimentação – Para a ABBT, o resultado da pesquisa reforça a importância do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT), na medida em que propicia, e até induz, a compra de uma alimentação saudável e com qualidade nutricional. A pesquisa aponta que o trabalhador usuário do vale-refeição consome 43% mais feijão, arroz, salada e 33% mais carne, quando se compara com aqueles que não possuem esse benefício. Isso demonstra a relevância do PAT como programa social, sendo o mais importante para o trabalhador brasileiro.

Os valores dos preços médios da refeição completa e as respectivas variações por região estão a seguir:

Tabela 1: Preço médio da refeição completa por Região

PREÇO MÉDIO BRASIL R$ 51,61  ( + 10,8%)
SUDESTE R$ 54,54 (10,6%)
NORDESTE R$ 49,09 (12,7%)
SUL R$ 48,91 (14,2%)
NORTE R$ 45,41 (7,4%)
CENTRO-OESTE R$ 45,21 (8,3%)

Para calcular o preço médio, a pesquisa considera os preços das quatro categorias mais comuns na alimentação fora de casa do Brasil, sempre de acordo com o prato principal, bebida, sobremesa e café.

Tabela 2: Preço médio da refeição completa

PREÇO MÉDIO DA REFEIÇÃO COMPLETA: R$ 51,61 – alta de 10,8%
Comercial Completo Autosserviço Executivo “a la carte”
R$ 37,44 R$ 47,87 R$ 55,63 R$ 96,44
9,2% 10,7% 10,1% 19,8%

Custo mínimo – A pesquisa aponta também o custo mínimo de uma refeição básica, no valor de R$ 31,00, caso o trabalhador opte pelo chamado “prato-feito” apenas com arroz, feijão, uma proteína, suco ou uma fruta.

Em comparação ao ano passado, o aumento no preço da refeição básica foi de 4,7%, próximo ao IPCA do IBGE dos últimos 12 meses, que ficou em 4,3% no acumulado até junho. O custo do “prato feito” varia conforme a região, sendo maior no Sudeste e no Sul, e menor no Norte.

Tabela 3: “Prato-feito” média Brasil 

PRATO-FEITO” MÉDIA BRASIL: R$ 30,8 – alta de 4,7% sobre o 2º Trim/2023
SUDESTE SUL NORDESTE CENTRO-OESTE NORTE
R$ 31,90 R$ 30,99 R$ 29,39 R$ 28,12 R$ 28,11

Tabela 4: Preço médio da refeição completa nas capitais brasileiras 

CAPITAIS BRASILEIRAS 2024/2023
Florianópolis: R$ 62,54          11% Curitiba: R$ 47,86                10%
Rio de Janeiro: R$ 60,46        12% Brasília: R$ 47,16                 14%
São Paulo:  R$ 59,67              12% Aracaju: R$ 46,50                  17%
Natal:  R$ 56,18                       8% Cuiabá: R$ 46,40                   9%
Recife: R$ 55,13                     12% Manaus: R$ 46,28                  8%
Vitória: R$ 54,67                     12% São Luiz: R$ 45,94                 13%
Maceió: R$ 54,32                    11% Porto Alegre: R$ 44,43         19%
Campo Grande: R$ 53,24      8% Fortaleza:  R$ 42,38              13%
Salvador: R$ 53,37                15% Belém: R$ 41,44                    12%
Palmas: R$ 51,39                   8% Belo Horizonte: R$ 37,63      15%
João Pessoa: R$ 49,86          17% Goiânia: R$ 37,18                  12%
  Teresina: R$ 36,46                10%

Impacto de 36% sobre os salários – A pesquisa contratada pela ABBT também busca mostrar o impacto do preço da alimentação fora do lar sobre o salário dos brasileiros, que segundo o IBGE estava em R$ 3.123,00 no primeiro trimestre deste ano. Desta forma, para se alimentar por 22 dias por mês com o “prato feito”, o trabalhador precisaria de R$ 678,00, equivalente a 21,7% do salário médio estimado pelo IBGE.

Porém, se o trabalhador optar por uma refeição comercial completa o valor sobe para R$ 823,68, com impacto de 26,4% no salário médio do trabalhador. Considerando o preço médio da refeição completa nas quatro categorias pesquisadas, o valor aumenta para R$ 1.135,42, com impacto de 36,4% no salário médio.

Metodologia – O estudo foi realizado de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos comerciais, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal. No total foram pesquisadas 51 cidades, com 5.640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em pesquisa de mercado.

Sobre o PAT – O Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT) é um programa governamental de caráter social, criado em 1976 pela Lei nº 6.321, sendo considerado um dos mais bem-sucedidos e consolidados do mundo. As empresas que aderem ao PAT obtêm o direito à isenção de encargos sociais (trabalhistas e previdenciários) e dedução fiscal.

O objetivo é melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, o que repercute de maneira positiva na qualidade de vida, na redução de acidentes de trabalho e no aumento da produtividade.

Atualmente o PAT beneficia mais de 22 milhões de trabalhadores de aproximadamente 300 mil empresas. Uma rede conveniada de aproximadamente 1 milhão de estabelecimentos comerciais em todo o Brasil atende aos trabalhadores beneficiados.

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