O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 0,58% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em maio. O indicador da RMS desacelerou um pouco em relação a abril, quando tinha sido de 0,63%.
Com o resultado, o IPCA da RMS acumula alta de 2,49% de janeiro a maio de 2024. Segue acima do índice nacional (2,27%). Ainda assim, está abaixo do registrado no mesmo período de 2023 (3,23%).
Nos 12 meses encerrados em maio, a inflação na RMS acumula alta de 3,73%. Apesar de ter acelerado (em abril, esse acumulado estava em 3,49%), segue menor do que a verificada no mesmo período de 2023 (4,21%) e é a sexta mais baixa do país, mantendo-se menor do que o índice do Brasil como um todo (3,93%).
Produtos
A inflação de maio na Região Metropolitana de Salvador (0,58%) foi resultado de altas disseminadas por 7 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. O maior aumento e o principal impacto para cima no índice geral no mês vieram do grupo habitação (1,31%), que mostrou um quarto avanço médio consecutivo nos preços. O grupo foi impactado, principalmente, pela alta de preços da energia elétrica residencial (3,67%), item que exerceu a maior pressão inflacionária na RMS. O aumento do gás de botijão (0,71%) também foi relevante para o resultado.
Mesmo com o quarto maior aumento, o grupo alimentação e bebidas (0,59%) teve a segunda maior influência na alta geral de preços da RMS, em maio, por ser aquele com o maior peso na composição do índice de inflação. O sexto aumento consecutivo dos preços dos alimentos foi puxado pela alta dos tubérculos, raízes e legumes (11,52%), em especial da batata-inglesa (30,98%), item que mais aumentou no mês, da cebola (8,52%) e do tomate (7,70%).
Todos os 10 produtos ou serviços cujos preços mais aumentaram em maio, na RMS, segundo o IPCA, foram alimentos, liderados pela batata-inglesa, o mamão (13,41%) e a batata-doce (12,80%).
Por outro lado, os cereais, leguminosas e oleaginosas (-3,18%) e as frutas (-1,48%) registraram importantes quedas de preço, com a banana-prata (-12,70%) apresentando a maior deflação na RMS, em maio, e exercendo a principal influência no sentido de frear a alta geral de preços na região.
Dos dois grupos que não apresentaram aumento geral de preços, em maio, na RMS, despesas pessoais (0,00%) teve estabilidade e artigos de residência (-0,38%) registrou deflação (queda média de preços), puxada pelos itens de mobiliário (-1,87%), como o móvel para o quarto (-2,44%).