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PIB DO BRASIL CRESCEU 0,8% NO 1° TRIMESTRE DE 2024 E 2.5% EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO NO ANO PASSADO

João Paulo - 04/06/2024 09:18 - Atualizado 04/06/2024

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou uma alta de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre de 2024, em relação aos três últimos meses do ano anterior. Em valores correntes, a economia brasileira acumulou R$ 2,7 trilhões entre janeiro e março.

Na comparação com o mesmo período de 2023, houve avanço de 2,5%, maior que a expectativa do mercado, que era de 2,2%.  O PIB acumula alta de 2,5% em quatro trimestres. Em 2023, o PIB cresceu 2,9% e somou R$ 10,9 trilhões, em termos nominais, o que voltou a colocar o Brasil no grupo das 10 maiores economias do mundo.

O crescimento foi puxado, sobretudo, pelo setor se serviços, que teve uma alta de 1,4% no período. A agropecuária também cresceu, registrando variação positiva de 11,3%. A indústria, porém, apresentou leve queda de 0,1%. Dentro do setor de serviços, o destaque do trimestre ficou com o Comércio, que avançou 3% entre janeiro e março. Além disso, os segmentos de Informação e Comunicação e Outras atividades de serviços também tiveram crescimento, de 2,1% e 1,6%, respectivamente.

Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, “neste trimestre tivemos um crescimento da economia totalmente baseado na demanda interna”. Sobre as atividades que se destacaram na composição do PIB do primeiro trimestre, da ótica da oferta, Rebeca pontua “o comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”.

Além disso, pela ótica da demanda, a especialista comenta que o consumo das famílias continua crescendo, como um reflexo da melhora no mercado de trabalho brasileiro, das quedas na Selic, taxa básica de juros, da inflação mais baixa, da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias, e de uma queda na inadimplência após o Desenrola, programa de renegociação de dívidas do Governo Federal. Em contrapartida, Rebeca explica que houve uma mudança na contribuição do setor externo para o crescimento da economia nos primeiros meses do ano em relação ao que foi observado nos anos anteriores.

Foto: Imagem de Nguyên Trần por Pixabay

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