O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou empenho de ministros na relação com o Legislativo, para aprovação de medidas de interesse do governo. Segundo reportagem do g1, Lula deu as declarações durante evento no Palácio do Planalto de lançamento de um programa de renegociação de dívidas de microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas – o “Desenrola” dos pequenos negócios.
“Eu quero alertar os pessimistas: esse país vai crescer mais neste ano mais do que vocês falaram até agora, os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora, a massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora”, afirmou o presidente. Em meio a uma crise da articulação política do governo com o Congresso, Lula cobrou empenho dos ministros na negociação com deputados e senadores, para a aprovação das propostas prioritárias para o Executivo.
“O Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad tem que, ao invés de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington, o Rui Costa, passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, disse Lula. “É difícil, mas a gente não pode reclamar, a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política”, completou o petista.
No pronunciamento, Lula citou os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Geraldo Alckmin), da Fazenda (Haddad), do Desenvolvimento e Assistência Social (Wellington Dias) e da Casa Civil (Rui Costa). O presidente, no entanto, não mencionou Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. Cabe ao ministro a interlocução do Executivo com o Legislativo. Nas últimas semanas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deixou evidente a insatisfação com Padilha. O parlamentar alagoano afirmou que o ministro é um “desafeto pessoal” e o chamou de “incompetente”. Em resposta, o ministro disse que não desceria “a esse nível”. Já o presidente Lula afirmou que, “só por teimosia”, manteria Padilha no cargo.
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