A inflação de março na Região Metropolitana de Salvador (0,16%) foi resultado de altas em seis dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. O maior aumento no mês e o principal impacto para cima no índice geral vieram do grupo saúde e cuidados pessoais (0,97%), que mostrou um quarto avanço médio consecutivo nos preços. Os medicamentos em geral (produtos farmacêuticos, 1,93%) exerceram a principal pressão inflacionária no grupo, mas houve altas importantes também em itens de cuidados pessoais, como produtos para cabelo (6,39%, o que, individualmente, mais puxou o custo de vida para cima na RMS, em março), e nos planos de saúde (0,78%).
Mesmo aumentando menos do que em fevereiro, o grupo alimentação e bebidas (0,31%) também manteve uma contribuição importante para o IPCA de março, na RMS, desta vez com força maior da alimentação fora do domicílio (0,84%), sobretudo as refeições, ou seja, almoço ou jantar fora (0,62%). Mas muitos alimentos comprados para consumo em casa também tiveram altas relevantes para a inflação do mês, como o tomate (17,02%), a banana-prata (8,04%) e a cebola (7,84%). Dos 10 produtos ou serviços cujos preços mais aumentaram em março, na RM Salvador, 8 foram alimentos, liderados pelo cheiro-verde (18,95%), o coentro (17,34%) e o tomate (17,02%).
Por outro lado, dentre os três grupos que registraram deflação na RMS, em março, a retração mais profunda e principal contribuição no sentido de segurar o IPCA vieram dos transportes (-0,60%), puxados fortemente pelas passagens aéreas (-19,35%). Elas foram o terceiro produto ou serviço com maior deflação no mês, abaixo de dois alimentos: o maracujá (-25,36%) e a cenoura (-23,44%).