As entradas bancárias superaram as saídas em R$ 1,3 bilhão graças ao saldo da aplicação na caderneta de poupança, que subiu pela primeira vez no ano, registrando mais depósitos do que saques – o que é chamado de entra líquida – em março. Os dados são do relatório do Banco Central, divulgado nesta sexta-feira (5), em Brasília. No mês passado, foram aplicados R$ 324,7 bilhões, contra R$ 323,4 bilhões de saques. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 4,9 bilhões. Com isso, o saldo da poupança é de R$ 975,8 bilhões.
O resultado positivo do mês de março passado também contrasta com o verificado em março de 2023, quando os brasileiros sacaram R$ 6,1 bilhões a mais do que depositaram na poupança. Em fevereiro houve saída líquida – mais saques que depósitos – de R$ 3,8 bilhões, assim como no mês anterior, janeiro (R$ 20,1 bilhões). A caderneta de poupança teve uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões em 2023 diante do endividamento elevado da população. O resultado foi menor que em 2022, quando a fuga líquida foi recorde, de R$ 103,24 bilhões, em um cenário de inflação e endividamento altos.
A manutenção da Selic, a taxa básica de juros, em alta estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho, o que estimula os saques na poupança. De março de 2021 a agosto de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a Selic 12 vezes consecutivas, em uma movimentação de urgência que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
