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LUDMILLA FISCINA HOMENAGEIA LÍDER QUILOMBOLA DE ALAGOINHAS EM SESSÃO PELO DIA DA MULHER NA ALBA

João Paulo - 27/03/2024 06:00 - Atualizado 27/03/2024

Durante sessão especial em homenagem ao Dia da Mulher, realizada na manhã de hoje (27), pela Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), a deputada estadual Ludmilla Fiscina (PV) prestou uma homenagem à Maria de Lourdes de Jesus, líder quilombola e presidente da Associação dos Pequenos Agricultores Remanescentes Quilombolas da Comunidade do Oiteiro, no distrito de Boa União, em Alagoinhas.

Emocionada, durante sua fala Fiscina destacou o importante papel desempenhado pela homenageada que, aos 80 anos de idade, é líder quilombola pelo segundo mandato. “Estou feliz e emocionada por hoje homenagear d. Lourdes, essa mulher guerreira que conheço há mais de treze anos. Uma mulher forte que, com 80 anos, luta pela sua comunidade, desde à igreja, à água, ao samba de rodas e à agricultura familiar”, frisou a deputada.

Na ocasião, a parlamentar também mencionou a força das mulheres no enfrentamento da rotina, com múltiplas tarefas para resolver. “Nós mulheres somos muito fortes. Eu, por exemplo, todos os dias me desloco da minha cidade para estar aqui, para lutar pela minha Bahia, lutar pelo meu povo, lutar pela minha família e também lutar por pessoas como d. Lourdes, essa líder quilombola que traz a importância cultural do samba de rodas e da agricultura familiar, firme e forte na sua batalha”, enfatizou Fiscina.

Em sua fala, a homenageada agradeceu por participar da sessão, ao tempo em que falou do seu trabalho no quilombo. “Na minha comunidade eu luto muito na igreja, na agricultura familiar e Ludmilla sempre esteve presente, nos dando apoio. Eu agradeço a Deus por termos essa mulher guerreira, sempre que a gente precisa ela está ali para servir. Muito obrigada pela homenagem e por tudo”, agradeceu a homenageada.

Líder – Maria de Lourdes de Jesus reside na comunidade do Oiteiro desde a infância, onde atualmente vivem 262 negros descendentes de escravizados, que lutam pela sobrevivência. Todos são agricultores familiares, que ainda não tiveram reconhecido seu direito à terra, vez que o processo tramita no Incra. Na comunidade, Maria de Lourdes continua na resistência, lutando com fé e esperança por dias melhores, pela saúde, habitação, preservação da cultura e ajudando a todos.

Foto: Aluísio Neto (Ascom/Deputada)

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