A 28ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, apresentou, aprovou nesta quarta-feira (13) um acordo de alcance histórico que visa a promover a transição energética, distanciando as nações dos combustíveis fósseis. O texto final evitou a utilização da palavra ‘eliminação’ que foi substituída pelo termo ‘transição’. A palavra eliminar era contestada pelos países que compõe a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e Arábia Saudita.
O sultão Al Jaber –que dirige a empresa petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos, a Adnoc, e preside a COP28– afirmou ser “inevitável” a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis. “Durante a noite e nas primeiras horas da manhã trabalhamos coletivamente para obter consenso. (…) Temos a base para fazer com que a mudança transformacional aconteça”, disse durante o anúncio do acordo.
Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima, avaliou que o resultado da COP28 é ‘forte nos sinais, mas fraco na substância’. Para ele, o governo brasileiro deve assumir a liderança até 2024 e lançar as bases para um acordo da COP30 em Belém que atenda às comunidades mais pobres e vulneráveis do mundo e à natureza. ‘Pode começar por cancelar a sua promessa de aderir à OPEP, o grupo que tentou e não conseguiu destruir esta cimeira. Sem uma ação real, o resultado do Dubai não será celebrado entre as comunidades de todo o mundo que sofrem com eventos climáticos extremos’, reagiu.
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