Mudanças climáticas, combate à fome e nova governança global devem ser os três pilares defendidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumirá a presidência do G20 pela primeira vez na história. Lula irá logo após as festividades do 7 de Setembro, para Nova Deli, na Índia, para participar da 18ª Cúpula do bloco, que engloba as principais economias do mundo.
“Semana que vem irei para a Índia, no encontro do G20. Um encontro importante para o Brasil. Eu vou lá para discutir com ele uma coisa que me incomoda: a desigualdade. Desigualdade de gênero, racial, no acesso à saúde e à educação. É preciso que esse mundo seja mais justo”, adiantou o presidente na sexta-feira (1º). Além de o protagonismo em vários foros internacionais – conforme ressalta o Metrópoles, o Brasil também ocupa a presidência do Mercosul, bloco com Argentina, Paraguai e Uruguai; sediou a Cúpula da Amazônia e é peça-chave em ações regionais na América do Sul – contribuirá com o avanço em pautas propostas pelo atual governo.
As agendas, contudo, esbarram nos desafios impostos por orientações políticas e engajamento de lideranças de outros países, que atuam conforme as próprias prioridades. O Grupo dos Vinte (G20), bloco do qual o Brasil estará à frente entre 1º de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2024, é o principal fórum de cooperação econômica internacional. O foro reúne 19 países e a União Europeia (UE), tendo entre os membros nações consideradas como desenvolvidas e o novo Sul Global (antigos países em desenvolvimento). São eles: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.
Para se ter dimensão do peso do bloco no contexto internacional, os países que integram o G20 respondem por quase 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e 70% da população global, concentrando aproximadamente 75% do comércio internacional. Os três principais temas na agenda brasileira convergem para o fim da desigualdade – não apenas financeira e de acessos, mas também sobre a responsabilização pelas mudanças climáticas, e por mais equidade nos debates internacionais entre países.
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