O estaleiro Enseada Paraguaçu, que fica localizada no município baiano de Maragogipe, Recôncavo Baiano, irá retomar suas atividades. Parlamentares federais e estaduais fizeram uma visita técnica no local, que voltará a produzir navios e plataformas para a Petrobras.
Estiveram presentes: os deputados federais Jorge Solla (PT); Daniel Almeida (PC do B); Alexandre Lindenmeyer (PT-RS); e as deputadas estaduais Maria Del Carmen (PT) e Fabíola Mansur (PSB). Além dos políticos, o Coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, também marcou presença.
“Infelizmente esse projeto foi interrompido pela lava-jato, pelo governo Temer e pelo governo Bolsonaro, mas agora temos a oportunidade de retomar a indústria naval com o governo do presidente Lula”, diz Deyvid, que participou da elaboração do programa de governo e do governo de transição.
A construção do estaleiro é fruto de um investimento de R$ 3 bilhões, empregando cerca de 7.500 mil trabalhadores diretos no pico das obras. O parque industrial foi concebido para a fabricação de embarcações de alto valor agregado, a exemplo das sondas para exploração do pré-sal. Atualmente, com a operação limitada a menos de 15% da área do complexo industrial, apenas 200 trabalhadores atuam no local.
“Nós, da FUP, cobramos que a Petrobrás volte a ser essa indutora da engenharia nacional e da indústria naval. A Transpetro já sinalizou a produção de grandes navios e a Petrobrás também sinalizou isso, está no PAC 3 a construção de 25 navios aqui no Brasil, para o uso dos estaleiros e geração de emprego e renda no país”, diz o sindicalista.
De janeiro a junho de 2023, o saldo acumulado de contratações no setor de óleo e gás no Brasil foi de 6.268 empregos, aumento de 6,6% em comparação ao ano passado. Somente na Bahia, o saldo acumulado de contratações no mesmo período foi de 470 novos postos, um crescimento de 6,4% comparado a 2022.
Além da retomada da indústria naval, a Petrobras também pretende retomar outros investimentos no Nordeste. Uma parceria com a Unigel para retomar a operação das duas fábricas de fertilizantes arrendadas em Sergipe e na Bahia se encontra em fase de estudo.
Segundo o presidente da estatal, Jean Paul Prates, a parceria deve incluir a produção de hidrogênio verde, preparando a companhia para a transição energética.
Foto: Reprodução/Sondotécnica Engenharia