Usados pelo Banco Central como instrumento de contenção para a alta do dólar em momentos de volatilidade do mercado, os swaps cambiais – que equivalem à venda futura de dólares – custaram ao governo R$ 25,2 bilhões nos últimos dez anos. Esse gasto é menor do que o impacto de R$ 27 bilhões de cada ponto porcentual de aumento da taxa básica de juros, a Selic, mantido por um ano.
Pesquisa da corretora Tullett Prebon também mostra que essas despesas não chegam a 1% do total gasto com o pagamento de juros nos últimos dez anos, que somaram R$ 2,971 trilhões. Apurados a partir de 2008, quando os swaps começaram a ser usados em maior escala, os dados foram compilados no período até maio passado. Com a disparada do dólar nas últimas semanas, o Banco Central (BC) intensificou a oferta de swaps para segurar o movimento de alta da moeda americana.
A ação alimentou o debate em torno do uso das reservas internacionais, o “seguro”, atualmente em US$ 382 bilhões, que o País tem para se defender em momentos de alta volatilidade (forte sobe e desce das cotações no mercado à vista). “O custo dos swaps foi pequeno. Não dá nem 1% da despesa gigantesca de juros nesse período”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo, Fernando Montero, economista-chefe da Tullet.