No ano de 2017, cerca de 63% das negociações analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (SAS-DIEESE)resultaram em reajustes salariais com aumento real, 29% tiveram reajustes em valor igual à inflação da data-base e 8% registraram perdas salariais, tomando-se por referência a variação do INPC-IBGE em cada data-base.
Foram considerados para a análise os reajustes de 643 unidades de negociação de empresas estatais e privadas dos setores da Indústria, do Comércio e dos Serviços em todo o território nacional. Os resultados de 2017 foram comparados com os reajustes das negociações entre 2006 e 2016. Os resultados do último ano foram mais favoráveis do que os verificados em 2015 e 2016, período caracterizado por uma profunda recessão econômica. Contudo, o desempenho das negociações salariais ainda está distante daquele observado entre 2006 e 2014.
Os reajustes com ganhos reais se concentraram, majoritariamente, na faixa de até 0,5% de ganho real. E entre os reajustes com perdas salariais, 44% foram de até 0,5% abaixo da inflação. A variação real média de todos os reajustes analisados no primeiro semestre de 2017 foi de 0,35% acima da inflação, voltando a ser positiva após a perda real média observada em 2016 (-0,52%).