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VIROSES PÓS-CARNAVAL PROVOCAM LOTAÇÃO DE UPAS EM SALVADOR

João Paulo - 26/02/2023 07:39 - Atualizado 26/02/2023

Carnaval agora só em 2024, mas os foliões ainda guardam lembranças da festa. Uma delas, inclusive, é velha conhecida: a virose pós-folia.

Na Bahia, 88 pessoas foram registradas com Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) entre os dias 12 e 23 de fevereiro, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). Mas, apesar dos números oficiais, é esperado que haja muito mais pessoas com sintomas gripais. Só em Salvador, o atendimento a pacientes com sintomas de virose nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) somam 75% das ocorrências.

Entre os casos informados pela Sesab, foram contabilizadas cinco pessoas acometidas pelo vírus Influenza (causador da gripe), duas por covid-19, 23 por SRAG não especificada, 10 por outros vírus respiratórios e 48 em situação de investigação. Contudo, para os integrantes do Unidos da Gripe Pós-Carnaval, bloco fictício forjado de brincadeira nas redes sociais pelos acometidos por sintomas gripais, há outros nomes para os vírus causadores de tosse, dor de garganta e febre nesta época.

“Zona de Perigo! Dessa vez, vai fazer valer o nome”, deu ênfase o frentista Thiago Eduardo de Souza, 29 anos, que pulou três dias de Carnaval no Nordeste de Amaralina e desde a segunda-feira (21) viu sinais de que tinha contraído a virose. Para ele, a doença leva o nome da música de Leo Santana, já que ‘viralizou’ na boca do povo.

Na UPA de São Cristóvão, mais da metade dos pacientes que lá estavam tinham queixas de sintomas gripais, conforme apontou um dos recepcionistas. Mesmo sem estar lotado, o local tinha pacientes em estados delicados, como o garçom Leonardo Teixeira, 31, que já estava com falta de ar há dias. “Desde o primeiro dia de Carnaval já senti falta de ar, dor de cabeça, dor na nuca, febre e rouquidão. Achei que era só gripe, tomei remédio e fiquei em casa. Hoje vim para a UPA porque não estou mais aguentando”, disse.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS), até o momento não foi registrado aumento de casos relacionados às síndromes respiratórias após o Carnaval, não sendo possível, portanto, afirmar que está havendo uma “onda de virose” na cidade. Ainda assim, o órgão lembrou que, historicamente, o surgimento e aumento desses casos é possível. 

Quanto ao levantamento de registro de casos das síndromes respiratórias durante e após o período carnavalesco, solicitado pelo CORREIO ao órgão municipal, a SMS não pôde informar os números devido a uma queda de energia no prédio da Diretoria de Vigilância à Saúde (DVIS), que armazena os dados de saúde da capital. 

Fonte: Jornal Correio

 (Foto: Larissa Almeida/CORREIO)

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