Após anunciar os futuros ministros da Fazenda, Casa Civil, Defesa, Justiça e das Relações Exteriores anteontem, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, deve indicar já nos próximos dias os titulares das pastas de Educação, Saúde, Relações Institucionais e Planejamento.
O petista quer chegar ao fim da semana que vem com mais da metade do primeiro escalão divulgado. Ele avalia ainda tornar públicos na próxima leva os futuros chefes do Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Cidades.
Está marcada para hoje à noite uma conversa entre o presidente eleito e Rui Costa, futuro titular da Casa Civil, para definir o organograma da nova administração. Eles deverão se basear no modelo adotado durante a segunda gestão de Lula, entre 2007 e 2010, quando havia 37 ministérios. Segundo a colunista Malu Gaspar, outro nome que pode ser anunciado nesta semana é o da cantora Margareth Menezes, que já aceitou o convite para ser ministra da Cultura. O advogado e professor Silvio Almeida também pode estar na lista dos novos ministros. Como publicou o colunista Lauro Jardim, Almeida deve ser convidado para chefiar o Ministério dos Direitos Humanos neste fim de semana.
Antes de novos anúncios, Lula precisará resolver disputas veladas por espaços na Esplanada. Na Educação, a favorita é a governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido). Há, porém, um entrave, pois o ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT-CE) deseja um lugar na Esplanada. Pela distribuição geográfica de representação que Lula pretende fazer na Esplanada, ficaria complicado indicar dois ministros do mesmo estado. Camilo tem preferência por Cidades. Outra cadeira considerada nevrálgica para as políticas públicas é a do comando da Saúde. A favorita para o posto é a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. A principal tarefa do novo titular da pasta será reforçar o programa nacional de vacinação. Há também o diagnóstico da necessidade de alocação de mais recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
No Planejamento, a busca é por um ministro com respaldo do mercado e do setor produtivo. O escolhido faria uma contraposição ao futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que enfrenta resistências. São cotados o economista André Lara Resende, um dos pais do Plano Real, e o atual secretário de Fazenda de São Paulo, Felipe Salto. Para a articulação política, deverá ser nomeado o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP). O também deputado José Guimarães (PT-CE), citado para a liderança do governo na Câmara, é outra opção. Já a escolha do responsável pelo Meio Ambiente depende de definir se a Autoridade Climática, órgão a ser criado, será vinculado à pasta ou diretamente à Presidência. A deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) e a ex-ministra Izabella Teixeira são as que têm mais chance de ficar com o posto. ( O Globo)
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