A presidência da Petrobras já tem um nome sendo avaliado por Lula. A empresa é estratégica para o presidente eleito por causa da Operação Lava-Jato.
O nome mais cotado hoje é o do senador Jean Paul Prates (PT-RN), Especialista no setor, Prates foi um dos principais interlocutores de Lula para energia durante a campanha presidencial. Ao longo da campanha, ele fez mais de 30 encontros, mais da metade deles no segundo turno, em São Paulo e no Rio Janeiro, com mais de uma centena de agentes de mercado, analistas e gestores de fundos. O mercado se acalmou e a Bolsa subiu 1,3%, mas a Petrobras teve queda de mais de 8%.
Coube ao senador acalmar o mercado financeiro sobre as políticas que Lula pretende adotar na empresa. O interlocutor de Lula garantiu a esses agentes que o petista não tomaria decisões sem ouvir as pessoas, garantindo que a Petrobras sob o PT iria compor soluções, sem atacar acionistas privados.
Ele também defende ampliar a capacidade de produção de derivados do país, fazer parcerias com os setor privado para ampliar a atuação da estatal e transformar a companhia em uma empresa de energia, não só de petróleo — ele cita, por exemplo, a possibilidade de a empresa passar a produzir energia eólica no mar, chamada de offshore, diante da expertise da empresa nos oceanos.
Prates também descartou qualquer reestatização durante um governo Lula, e defende que a empresa fique mais “próxima” ao consumidor final. Na lista de ativos que a estatal vendeu está a BR Distribuidora, que mudou o nome para Vibra, além de refinarias e campos de exploração. (OG)