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PESQUISA LISTA PONTOS QUE DEVEM AFETAR A ECONOMIA EM 2023

Redação - 05/10/2022 08:53 - Atualizado 05/10/2022

Guerra na Ucrânia, inflação, produção menor. Esses são alguns dos fatores que devem prejudicar a economia em 2023 no cenário mundial.

Ema pesquisa divulgada pelo Jornal O Globo, mostrou que o próximo presidente da república deve enfrentar um cenário complicado na economia em 2023 devida a esses e mais alguns fatores.  

Segundo o relatório, alguns países ricos estarão em recessão, os Estados Unidos deixarão seus juros altos por muito tempo, a crise energética na Europa poderá levar a uma desindustrialização do continente e a China, principal parceiro comercial do Brasil, estará crescendo ao menor ritmo desde os anos 1990.

O impacto da guerra na Ucrânia—que eclodiu quando a economia global iniciava uma recuperação pós-pandemia — terá efeitos para além de 2023. O conflito trouxe uma inesperada incerteza geopolítica para a economia, além de elevar o preço do petróleo e pressionar a inflação nos países ricos, levando os Estados Unidos a subirem sua taxa de juros ao maior patamar em 14 anos, com aperto no crédito global.

Na China, a política do governo de Covid zero, que levou o país a adotar vários lockdowns em grandes metrópoles, derrubou a atividade econômica. O colapso do mercado imobiliário local, com grandes incorporadoras em dificuldades financeiras, acentuou a crise. O país deve crescer só 3,2% este ano e 4,7% em 2023, segundo projeções da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), bem abaixo do ritmo acima de 6% anuais de antes da Covid.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, destino de mais de 30% de nossas exportações. Na terça-feira passada, o governo reduziu sua previsão de saldo comercial para este ano de US$ 81,5 bilhões para US$ 55,4 bilhões. A economista-chefe para Ásia-Pacífico da consultoria Natixis, Alicia Garcia Herrero, diz que as restrições devem continuar afetando o crescimento chinês até o fim do primeiro semestre de 2023

.As dificuldades externas no ano que vem

Economia mundial

As estimativas para o crescimento econômico mundial em 2023 da OCDE estão em 2,2%, percentual que vem sendo revisto para baixo. Mas especialistas já começam a considerar inevitável uma recessão no ano que vem.

Com a economia global caindo, o Brasil sofre com menos demanda por commodities e por exportações e ainda torna o dólar mais forte, com efeitos sobre os preços aqui.

Guerra na Ucrânia

O conflito entre Rússia e Ucrânia, além da incerteza geopolítica que provoca na região, fez os preços da energia dispararem, o que está provocando racionamento de energia em vários países da União Europeia, reduzindo a produção e o crescimento. Os preços em alta levam também a juros maiores, o que contrai ainda mais a atividade econômica nos países da região.

Lockdown na China

O crescimento chinês que carregava o mundo, rodando acima de 6% ao ano antes da pandemia, não deve se repetir em 2023, com as projeções entre 4% e 4,7%. A política de Covid-19 zero impõe lockdown em várias regiões, paralisando a atividade.

Além disso, uma crise imobiliária está provocando estragos no mercado, com a falência de incorporadoras e inadimplência em hipotecas.

‘Pouso suave’ difícil nos EUA

Para combater a maior inflação em décadas, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) tem subido os juros, que estão no maior nível em 14 anos. As expectativas que a economia possa só desacelerar, num “pouso suave”, estão ficando cada vez menores.

O mercado de trabalho aquecido deve forçar o Fed a subir mais os juros, o que pode levar a maior economia do mundo à recessão.

Europa e o gás

A guerra na Ucrânia está provocando uma crise energética na Europa. O resultado disso é racionamento e menos produção. Economistas já estão prevendo recessão em alguns países da região, como a Alemanha, muito dependente do gás russo.

A inflação recorde também está forçando o Banco Central Europeu a subir juros e contrair mais ainda a atividade econômica.

Foto: divulgação

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