O governo brasileiro avisou que não dará aval para a nomeação de Deisy Ventura integrar a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Deisy é especialista em saúde pública no Brasil e reconhecida por acadêmicos e governos estrangeiros e teve o nome sugerido para fazer parte do grupo que vai reconstruir o sistema de emergência sanitária no mundo.
De acordo com a coluna de Jamil Chade, do Uol, o veto veio do alto escalão do governo, em Brasília, gerando uma incompreensão por parte da secretaria da OMS.
Professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, ela estava sendo considerada para integrar o comitê que avaliaria a revisão do sistema de declaração de emergências sanitárias no mundo. Nas agências internacionais, esse é considerado como o principal legado da pandemia, na esperança que o mundo esteja mais bem preparado da próxima vez que um surto surgir.
Deisy Ventura foi uma das principais vozes na denúncia ao governo de Jair Bolsonaro (PL) diante de suas escolhas para lidar com a pandemia da Covid-19. Suas investigações e análises ainda subsidiaram os trabalhos da CPI da Pandemia, no Senado.
Para a OMS, porém, não eram suas considerações políticas ou ideológicas que importavam. A brasileira é uma das referências mundiais na questão de saúde e era sua experiência nesse campo que seria usada para um dos trabalhos mais fundamentais do sistema multilateral no período pós-pandemia.
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