O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) fará nesta terça-feira (20) o discurso de abertura debate geral da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
O Brasil chega ao evento com uma dívida junto à ONU é de US$ 306 milhões, o equivalente a R$ 1,5 bilhão. O valor não inclui eventuais dívidas do Brasil com outros organismos internacionais.
Pelas regras da ONU, se um país acumular uma dívida equivalente há dois anos ou mais em relação às suas contribuições regulares, ele pode perder o direito ao voto. O Brasil tem feito alguns pagamentos da dívida para evitar esse cenário. Por isso, segundo assessoria da organização, não há indicação de qualquer mudança no direito de voto do Brasil no momento.
Procurado, o governo brasileiro apresentou números diferentes sobre a dívida e disse que “não tem poupado esforços” para quitar a dívida do Brasil com a ONU, mas afirmou que depende de suplementação orçamentária, que depende do Executivo e do Legislativo, para sanar os débitos.
Detalhes da dívida – Pelas regras da ONU, todo estado-membro deve pagar contribuições para o funcionamento regular da entidade. Esses valores são calculados com base em critérios como o tamanho do produto interno bruto (PIB) de cada país. O Brasil é responsável por 2% do orçamento regular da entidade. Os Estados Unidos são o país responsável pelo maior percentual: 22%.
Procurado, tanto o Itamaraty quanto o Ministério da Economia apresentaram dados diferentes sobre o valor da dívida brasileira junto à ONU. O Itamaraty disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que o débito do Brasil com a organização é de US$ 296 milhões, cerca de US$ 10 milhões a menos que o valor apresentado pela ONU.
A pasta disse que os repasses para o pagamento das dívidas são responsabilidade do Ministério da Economia. Procurado, o Ministério da Economia apresentou um número ainda menor: US$ 232,6 milhões.