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46,8% DOS LARES CHEFIADOS POR MULHERES NEGRAS SOFREM COM INSEGURANÇA ALIMENTAR NA BAHIA

Redação - 15/08/2022 09:00

Uma pesquisa feita por professores e estudantes de pós-graduação da Universidade Federal da Bahia (Ufba) revela que a insegurança alimentar prevalece em 46,8% dos domicílios comandados por mulheres negras: insegurança alimentar leve (25,6%) e insegurança alimentar moderada ou grave (21,2%).

Em Salvador, 40,9% das famílias vivenciam algum nível de insegurança alimentar, segundo a pesquisa, conduzida entre os anos de 2018 e 2020. No último ano, o projeto QUALISalvador, que norteia o novo estudo, apontou que 7,9% das famílias da capital sofrem com insegurança alimentar severa — quando falta comida na mesa, segundo a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Além disso, 23,7% vivem em situação de insegurança alimentar leve, quando existe incerteza sobre a capacidade para conseguir alimentos; e 9,3% das famílias enfrentam a insegurança moderada, quando alguma das refeições não é realizada.

O estudo publicado na “Revista Cadernos de Saúde Pública”, da Fundação Oswaldo Cruz, mostra ainda que entre as famílias da capital baiana, aquelas chefiadas por homens brancos são as que se alimentam melhor. A segurança alimentar foi observada em 74,5% dos lares chefiados por homens brancos. Na amostra de 14 mil domicílios do levantamento,  metade é chefiado por mulheres negras (50,1%), seguido por homens negros (35,4%), mulheres brancas (8,3%) e, por último, homens (6,2%) brancos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Salvador tem 3 milhões de habitantes, dos quais 80% são negros (pretos ou pardos). (Correio)

Foto: (Marina Silva/CORREIO)

 

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