Por conta da pandemia de covid-19, a maior festa comemorada no Nordeste, o São João foi cancelado por dois anos. Em 2022, as festas juninas acontecem com presença de público e celebrando o forró como patrimônio imaterial brasileiro. O título conferido à expressão artística foi decidido pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em dezembro de 2021.
O deputado Daniel Almeida, grande responsável para o andamento do processo de reconhecimento do bem como patrimônio imaterial cultural, encaminhou emenda parlamentar para viabilizar o estudo no Iphan. No dia do aniversário natalício de Luiz Gonzaga, Almeida participou da entrega oficial da Instrução Técnica do Registro do Forró como Patrimônio Cultural Imaterial Nacional, ocorrida em João Pessoa, Paraíba.
“É uma honra ter contribuído para esse marco na cultura brasileira. O forró é uma expressão cultural rica, forte e importante para o Brasil. Sempre defendi que as Matrizes fossem incluídas no livro de registro de bens imateriais do povo. Celebrar o São João este ano tem um quê especial, após dois anos de pandemia voltamos a ter a cadeia produtiva das festas juninas funcionando, gerando emprego, renda e diversão”, explicou Daniel.
O parlamentar também lembra que durante os anos críticos da pandemia, cobrou do Governo Federal um auxílio para trabalhadores do setor cultural através da aprovação da Lei Aldir Blanc. Almeida também fala sobre o passo a passo para que o forró tivesse o reconhecimento nacional. “Foram dez anos de pesquisa e estudo e no período pandêmico foram realizados fóruns virtuais de forró raiz nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Ceará. A Associação Cultural Balaio Nordeste, foi uma grande parceira e responsável por elaborar ações para promover o legado histórico da tradição cultural nordestina”, afirmou.
Foto: Richard Silva