Doações para os pré-candidatos obterem recursos para fazer campanha tem movimentado o sistema eleitoreiro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou 12 plataformas para fazer as arrecadações e até a última sexta-feira (10), em apenas duas delas, cerca de R$ 700 mil reais já haviam sido arrecadados. Tudo através das campanhas que os políticos que vão disputar as eleições fazem pela doação.
Na Democratize, da rede de contabilidade eleitoral Essent Jus, o montante arrecadado já é três vezes maior que o do mesmo período de 2018. Ao todo, 390 pré-candidatos em 26 estados movimentaram até o momento R$ 500 mil. Mais de 70% das doações é feita com pagamento por PIX, uma novidade nas transações eleitorais deste ano. Já as 168 campanhas virtuais no ar na plataforma Vaquinha Eleitoral somam mais de R$ 200 mil.
Esta será a terceira eleição com em que o financiamento coletivo (crowdfunding) poderá ser usado como forma de arrecadar recursos para as campanhas. É também o pleito que terá o maior fundo eleitoral destinado aos partidos: R$ 4,9 bilhões — em 2020, foi de R$ 2,034 bilhões. A expectativa entre as plataformas é que o uso do crowdfunding cresça ao longo do pleito pela segurança que fornece na identificação de doadores para a prestação de conta com a Justiça Eleitoral. Outro chamariz é o modelo de microarrecadação, com pequenas doações.
Os recursos arrecadados só poderão ser usados quando a candidatura for oficializada. Se ela não se efetivar, o dinheiro deve ser devolvido. Não é permitido usar plataforma para pedir votos.
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