O Ministério de Minas e Energia afirma que ainda busca nomes que “preencham o perfil” para ocupar os cargos de presidente da Petrobras e de presidente do Conselho de Administração da empresa. Enquanto isso, a indicação de Caio Paes de Andrade, assessor de Paulo Guedes, para o cargo de presidente da estatal ganhou a oposição do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de acordo com fontes do governo.
O nome de Paes de Andrade é defendido por uma ala do governo, que prefere uma solução caseira para a empresa. Por outro lado, Andrade não é especialista no setor de óleo e gás e nem tem experiência no assunto. Hoje, ele é secretário especial de Desburocratização, Gestão de Governo Digital do Ministério da Economia.
A falta de experiência também fez o secretário não ser o preferido do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que chegou a entrevistá-lo para o cargo. O presidente da Câmara também discorda dessa indicação por entender que Paes de Andrade não tem o conhecimento técnico e o traquejo político necessário para comandar a empresa num momento de alta dos preços dos combustíveis num ano eleitoral — situação que levou à queda do general Joaquim Silva e Luna, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada.
O assessor de Paulo Guedes, porém, tem trabalhado para assumir a Petrobras, de acordo com integrantes do Executivo. Ele foi cotado na primeira leva, quando Bolsonaro decidiu demitir o general, mas Albuquerque preferiu Adriano Pires. Entre os motivos que levaram a indicação de Pires, está justamente o apoio de Arthur Lira.
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