As BRs 116 e 324 – duas das mais importantes rodovias que cortam o estado da Bahia – computaram de janeiro a novembro deste ano 2.596 acidentes, contra 2.726 ocorrências registradas em igual período de 2020, o que representa uma redução de 4,7%. Os números fazem parte de um estudo da Superintendência de Operações e Conservação da ViaBahia, concessionária que administra as estradas, e foram divulgados em coletiva à imprensa ontem.
José Bartolomeu, CEO da ViaBahia, avaliou positivamente os dados e afirmou que a redução de acidentes faz parte de um empenho da empresa que quer otimizar a segurança viária na 116 e na 324. “É a continuidade de um processo que caminha desde quando assumimos. De 2012 para cá, reduzimos em 30% os acidentes nas duas vias. Isto é resultado de um trabalho diário de monitoramento e de ações que mitiguem esses números”, fala ele, que ressalta o fato de 95% dos acidentes serem por falhas humanas dos motoristas.Os erros que levam a acidentes são mais comuns em pontos críticos como regiões mais urbanizadas e retorno com nível, onde os motoristas saem de uma pista lenta para uma rápida. Lugares que têm alterações planejadas.
“Temos, inclusive, propostas de construção para retornos com desníveis para que os carros voltem à pista em uma faixa mais lenta que é a direita e de instalação de passarelas como temos feito em locais urbanos. Intervenções que são fundamentais”, pontua Bartolomeu. Melhorias que, segundo o CEO, esbarram na ausência das revisões quinquenais do contrato de concessão que deveriam ter acontecido em 2014 e 2019 entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres e a ViaBahia, mas não ocorreram. “Quando se firma um contrato de 25 anos, surgem novos investimentos e demandas da própria população. E essas obras que são necessárias precisam ser equilibradas através de ajustes, mas quem aprova isto é a ANTT pelas revisões quinquenais”, explica Bartolomeu.
Ao todo, são 83 demandas apresentadas pela concessionária após coleta de pleitos da comunidade. No entanto, apenas duas foram totalmente acatadas pela ANTT. Além das reformas, a revisão seria fundamental para possibilitar mais investimentos em mão de obra e tecnologia para o monitoramento das vias. A empresa conta hoje com 27 operadores no Centro de Controle e Operação que trabalham em turnos de 8 horas em aparelhamento com a Polícia Rodoviária Federal. Elio Nogueira, coordenador operacional da concessionária explica como a equipe atua.
“Todos operadores giram em cada posição aqui no Central de Controle Operacional (CCO) para adquirir experiências. Aqui, temos uma bancada exclusiva de observação tanto para a BR-116 como para a BR-324, além de outra bancada de atendimento exclusivo para 0800”, afirma, ressaltando que há um monitoramento ininterrupto das vias.
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