O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira (22) que prefere tirar nota 8 em política fiscal do que tirar 10 e não ajudar “os mais frágeis”.
Guedes deu a entrevista no Ministério da Economia ao lado do presidente Jair Bolsonaro. O presidente foi visitar o ministro em meio às tensões causadas pela demissão de quatro secretários da pasta e o temor nos mercados de que o governo vai afrouxar as regras fiscais.
O tumulto na área econômica foi causado com os avanços da estratégia do governo de alterar a regra do teto de gastos para torná-la menos rígida e, assim, conseguir pagar no mínimo R$ 400 para o programa social Auxílio Brasil.
“Preferimos tirar 8 em fiscal, em vez de tirar 10, e atender os mais frágeis”, afirmou o ministro. “Nós preferimos um ajuste fiscal um pouco menos intenso e um abraço do social um pouco mais longo. É isso que está acontecendo”, continuou. “Todo mundo está dizendo que o povo está tendo dificuldade de comer, de comprar o gás de cozinha. Vamos reduzir o ritmo do ajuste fiscal”, completou o ministro.
Guedes disse ainda que as alterações no teto de gastos não vão abalar os fundamentos fiscais da economia do país. “Do ponto de vista fiscal, não altera os fundamentos fiscais da economia brasileira. Não abala os fundamentos fiscais. Os fundamentos são sólidos”, argumentou Guedes. (G1)
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