A Petrobras acaba de elevar o preço da gasolina em R$ 0,0945, correspondendo a um acréscimo de mais de 3,5%. Por esse motivo, acabamos de rodar nossos modelos de defasagem.
Mesmo após a elevação ser efetivada, estimamos que ainda exista espaço potencial de nova elevação de até 13% por parte da Petrobras no curto prazo, contudo, antes do reajuste o potencial era ainda maior (17%).
Vale mencionar que a defasagem informada diz respeito ao nosso modelo mais assertivo quando a dinâmica de alterações era ainda mais frequente, mas, no momento, outros modelos já indicam defasagem menor.
Adicionalmente, o acréscimo feito pela Petrobras segue em linha com nossas estimativas, pois sempre informamos que as altas para mitigar a defasagem poderiam ser feitas de forma fracionada.
Sobre o impacto no IPCA, reforçamos que tal magnitude de reajuste na refinaria afetaria as bombas apenas no final terceiro decêndio de agosto, com impacto proporcional no IPCA de agosto e integral a partir de setembro.
Assim, sabendo que o combustível ajustado pela Petrobras nas refinarias é a gasolina tipo A, e o combustível que chega nas bombas nos postos é do tipo C (no qual está contida a Gasolina tipo A + Impostos Gerais + Etanol Anidro).
Seguindo tais premissas, entendemos que o coeficiente de repasse na bomba é de aproximadamente 1/3. Por fim, após incorporação em nossos modelos, estimamos que contribuição da elevação da gasolina no IPCA de agosto é de +2 bps e em setembro +5bps.