O governo do Estado da Bahia já havia comunicado que o retorno às aulas presenciais nas unidades escolares estaduais seria na próxima segunda-feira, dia 26 de julho. Essa data, de acordo com publicação feita no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta terça (20), vale apenas para alunos do ensino médio. Aqueles que fazem parte do ensino fundamental só retornarão às atividades no dia 9 de agosto. Até lá, as aulas acontecem apenas de forma remota.
Com a queda da taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 e de novos casos da doença, o governador Rui Costa (PT) decidiu autorizar o retorno às aulas de forma híbrida — parte presencial e parte remota — e em dias alternados. Enquanto parte das turmas assistem às aulas presenciais na segunda, quarta e sexta, a outra metade acompanha as atividades online. Já na terça, quinta e sábado, os alunos que ficaram em casa voltam às salas.
“Para todas as situações, a realização das atividades letivas fica condicionada à ocupação máxima de 50% da capacidade de cada sala de aula e à observância aos protocolos sanitários”, informa comunicado emitido pela secretaria estadual da Educação. “Cada turma de estudantes será dividida em duas, sendo uma turma formada por alunos cujo nome próprio seja iniciado por letra constante do grupo de letras de “A” a “I” e a outra turma formada por alunos cujo nome próprio seja iniciado por letra constante do grupo de letras de “J” a “Z””, diz outro trecho da nota.
Professores
O anúncio do retorno às atividades presenciais não foi bem vista por parte da categoria dos professores. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) decidiu, em reunião realizada na última sexta, dia 16, que os educadores não vão trabalhar de forma presencial. Os profissionais da Educação afirmam que só voltam às salas de aula depois da aplicação da segunda dose da vacina, o que, segundo a APLB, deve acontecer na primeira quinzena de agosto.
O governador, por sua vez, rebate que a maioria da categoria já foi imunizada por ter se enquadrado no início da campanha de vacinação como grupo prioritário. Nessa fase, foram vacinados aqueles com 40 anos ou mais. A ausência dos professores, ainda de acordo com Rui, implica no corte de salários. “No caso do servidor público, ele precisa faltar 30 dias seguidos para, eventualmente, responder por um processo administrativo por abandono de emprego e, eventualmente, não ter mais seu emprego”, disse em entrevista à TV Bahia, na semana passada.
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