O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), externou seu incômodo com os recentes posicionamentos de membros das forças armadas em relação aos trabalhos da comissão.
Nesta quinta, o comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, disse em entrevista ao jornal O Globo que há incômodo com o tratamento da CPI ao general Eduardo Pazuello e ao ex-braço direito dele no Ministério da Saúde, o coronel Elcio Franco.
Na última terça, o Ministério da Defesa e os comandantes das três armas divulgaram nota dizendo não tolerar acusações contra as instituições militares.
A escalada no tom de comandantes das Forças Armadas diante do avanço da CPI da Pandemia gerou uma reação em setores do Congresso e da política, com presidentes de partidos de centro pregando articulação pró-democracia e contra qualquer ameaça de autoritarismo.
“Nós não podemos ter medo de arreganhos, de ameaças, de intimidações, de quarteladas. Nós vamos investigar.”, afirmou Calheiros.
O relator da CPI explicitou que não são instituições, mas pessoas que ocuparam cargos públicos em um governo civil que estão tendo suas condutas apuradas. “Temos responsabilidade. Apuraremos o que houve nos porões do Ministério da Saúde.”