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CPI DA COVID: TÉCNICO DIZ QUE APONTOU ERROS EM INVOICE DA COVAXIN E PEDIU CORREÇÃO

Redação - 09/07/2021 12:49 - Atualizado 09/07/2021

O técnico da divisão de importação do Ministério da Saúde, William Amorim Santana, está sendo ouvido nesta sexta-feira (09) na CPI da Pandemia, no Senado. Ele é questionado sobre o contrato celebrado pela União com a farmacêutica indiana Barat Biotech, representada pela Precisa Medicamentos no Brasil, para a aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin.

Segundo informações da CNN Brasil, no começo de seu depoimento, William apontou que, apesar das seguidas solicitações de alterações de erros encontrados nas invoices (faturas) enviadas pela Precisa ao Ministério, a empresa deixou de corrigir erros como a forma de pagamento antecipada e a presença da empresa Madison Biotech, ambos aspectos não presentes no contrato original.

William teve o nome citado na CPI durante o depoimento da fiscal de contratos do Ministério da Saúde Regina Célia, tomado na última terça-feira (6). Ao realizar questionamentos à servidora, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) identificou o técnico como o responsável por notificar a Precisa sobre irregularidades nos invoices (fatura). William é subordinado ao chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda (DEM-DF).

Alguns erros foram identificados por William Santana, entre eles, a diferenciação entre as formas de pagamento: enquanto o contrato afirmava que o pagamento pelas doses da Covaxin seria feito após o recebimento da carga, a invoice pedia uma antecipação.

“Havia alguns erros de grafia na invoice, como o nome do Ministério. Meu despachante também destacou isso”, afirmou. “Não havia a descrição do aeroporto em que as cargas seriam recebidas, também não havia um acordo em que é feito entre as partes sobre as obrigatoriedades no transporte da carga. Não dizia se a vacina viria em frasco ou caixa. Também não estava claro numero completo do fabricante e nem os lotes da vacina. E a invoice não informava se o produto tinha registro, mas sabemos que não tinha, tanto que pedimos a concessão de excepcionalidade”, declara Santana.

Questionado pelo senador Renan Calheiros sobre erros nas últimas versões das invoices, William afirmou que, na terceira versão retornada pela Precisa Medicamentos, ainda existiam erros como a somatória final, que determinaria o valor da compra, e a forma de transporte informada – eles haviam colocado que as doses chegariam por transporte marítimo, mas a vacina viria via aérea.

 

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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