As projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2021 subiram novamente pela sexta semana consecutiva. A expectativa, que estava em 3,5%, agora é de um crescimento de quase 4%, para 2021, segundo o Boletim Focus, do Banco Central (BC).
Esse será o maior crescimento da economia brasileira dos últimos 10 e será muito maior que a taxa de crescimento médio da década passada. O mercado está otimista com o país, vê os indicadores subindo, as compras de embalagens disparando e assim projeta o melhor ano econômico em quase duas décadas. Mas dez entre dez analistas fazem uma ressalva: o crescimento depende da vacinação. Claro, sem vacinação em massa permaneceremos no processo de “ abre e fecha” das atividades econômicas e a população nas estará segura para ir às ruas demandar produtos e serviços.
Ora, sendo assim, o governo federal, que sempre colocou a situação econômica e o desemprego como principal objetivo, deveria estar focado inteiramente na tarefa de buscar mais vacinas, pois isso significa gerar mais emprego e renda. Além disso, sob o ponto de vista eleitoral, Bolsonaro precisa da vacina, pois sem ela não haverá o crescimento econômico que pode elevar sua popularidade.
A vacina é atualmente um bem escasso, mas é possível adquirir imediatamente duas delas: a Sputnik e a Covaxin. Ora, a Sputnik, da Rússia, já foi aprovada em 60 países, e poderia já estar sendo aplicada. Naturalmente isso tem de ser feito com o aval da ANVISA, mas a agência deveria estar fazendo reuniões todos os dias com o laboratório russo e com os países que deram seu aval a essa vacina para avaliar sua aplicabilidade nos brasileiros.
Em resumo: das vacinas dependem o futuro da população brasileira, mas também do governo Bolsonaro, pois se chegarmos a 2022 sem ter vacinado pelo menos 70% da população dificilmente a economia vai crescer e assim impulsionar os índices de aprovação do governo. A vacina é a única saída para a população, para a economia e para o governo.