A intenção de consumo das famílias registrou em maio a segunda queda mensal consecutiva. O indicador ICF – medido pela da Confederação Nacional do Comércio (CNC) – recuou 1,6%, indo a 67,5 pontos, menor nível desde agosto do ano passado. Em relação ao mesmo período de 2020, maio representou retração de 17,3%.Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o resultado apesar de negativo foi um pouco melhor do que o de abril, e atende minimamente às expectativas dos comerciantes para o Dia das Mães.
“De modo geral, ainda há muita desconfiança com relação à capacidade de recuperação econômica até o fim do ano”, acrescentou o executivo. “Até a imunização coletiva, não conseguiremos encerrar essa oscilação completamente”, acredita Tadros. Segundo a economista responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, as famílias reavaliaram suas expectativas para o longo prazo. A perspectiva profissional aparece entre os pontos de preocupação apontados. Este subitem foi o que apresentou a maior redução no mês (-4,4%).
No ICF de maio, 42,9% dos entrevistados consideram que a sua renda piorou em relação ao ano passado, contra 41,3% no mês anterior e 31% em maio de 2020. Outro dado que impactou o indicador foi a perspectiva de consumo: 58,1% das famílias acreditam que vão consumir menos nos próximos três meses – acima dos 56,5% no mês anterior e dos 50,9% observados em maio de 2020.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil