O maior entusiasta de Bolsonaro entre os empresários, Luciano Hang, dono da Havan, entrou na mira da CPI da Covid. Senadores relataram à coluna que devem pedir a quebra de sigilo bancário e fiscal de Hang. O objetivo é investigar se ele pagou sites e serviços de propagação de fake news ligados à Covid-19. A comissão quer apurar quem bancou a disseminação de remédios como cloroquina e ivermectina para combater a doença, quando a ciência já havia comprovado a sua ineficácia.
Na semana passada, Hang passeou na garupa da moto de Bolsonaro em um evento em Rondônia. Os dois estavam se capacete e sem máscara. O empresário é investigado em dois inquéritos que estão no Supremo Tribunal Federal, um sobre fake news e outro sobre organização e financiamento de atos antidemocráticos. No ano passado, a Procuradoria-Geral Eleitoral pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Hang. A solicitação ocorreu em uma ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral e que pede a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão, justamente por disparos de fake news nas eleições de 2018.
Empresas de comunicação que firmaram contratos com o governo Bolsonaro também estão no alvo da CPI. Este, aliás, é um dos temas que senadores da ala independente prometem explorar no depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten.
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