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EM MARÇO, MORTES POR CORONAVÍRUS NA BAHIA REPRESENTARAM 34% DOS ÓBITOS POR OUTRAS DOENÇAS

Redação - 20/04/2021 14:50

As 2.541 mortes decorrentes do novo coronavírus contabilizadas na Bahia em março, o pior mês da pandemia, representaram 34% dos 7.612 óbitos causados por outras doenças em todo o estado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (20) pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), com base em informações que constam no Portal da Transparência do Registro Civil. De acordo com o levantamento, o número de mortes por Covid-19, que no auge da 1ª onda, em julho de 2020, chegou a representar 21,9% dos óbitos por causas naturais no estado, já dava sinais de que estava voltando a crescer em dezembro, quando respondeu por 14,75% dos óbitos por outras doenças.  A curva de óbitos se manteve em crescimento contínuo em janeiro (17%) e fevereiro (19,54%).

Ao atingir o patamar de 34% das mortes em território baiano, o coronavírus quase dobra seu impacto no total dos óbitos naturais ante fevereiro passado, até então o mês mais mortal. Num recorte nacional, o Brasil, que teve um total de 72.148 óbitos registrados por Covid-19 até o dia 8 de março,  também foi impactado pela triste marca que simboliza o impacto do vírus na história do País. A doença causada pelo novo coronavírus representou 44% do total de óbitos por causas naturais (mortes por doenças) no País, totalizadas em 163.012 até esta data.

Mortes x nascimentos

Outro dado impactante da pandemia na Bahia se refere à comparação entre o número de nascimentos e os óbitos registrados nos cartórios de registro civil. A diferença entre eles, que sempre esteve em média na casa dos 10.946 mil —em média, nascem 10.946 mil crianças a mais do que a quantidade de óbitos registrados ao mês— se reduziu drasticamente para apenas 6.109 mil nascimentos. A redução é de 4.845 mil novos partos, ante a média histórica e a metade dos cerca de 4.845 mil registrados nos meses subsequentes ao início da crise sanitária.

A queda abrupta acontece mesmo em meio a uma “reação” das gestações no mês de março, que registrou um total de 15.720 nascimentos, 17,7% a mais do que fevereiro. No entanto, o vertiginoso aumento no número total de óbitos, que atingiu a marca histórica recorde de 9.611 mortes em março deste ano, impediu que o estado avançasse na equação nascimentos versus óbitos, que vem caindo desde o agravamento da pandemia em janeiro deste ano.

Em todo o país, a diferença entre nascimentos e óbitos, que sempre esteve na casa dos 137 mil —em média, nascem 137 mil crianças a mais do que a quantidade de óbitos registrados ao mês — caiu drasticamente para 47.939 mil nascimentos, chegando a uma redução de 90 mil em relação à média histórica, e à metade dos cerca de 90 mil registrados nos meses desde o início da pandemia.

Número de óbitos podem aumentar

O número de óbitos registrados no mês de março de 2021 ainda pode vir a aumentar, assim como o número de nascimentos e a variação das médias e da comparação entre nascimentos e óbitos para o período, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre a morte e o lançamento do registro no Portal da Transparência. Alguns estados brasileiros, por sua vez, expandiram o prazo legal para comunicação de registros em razão da situação de emergência causada pela Covid19. Os nascimentos também possuem prazo legal a ser observado, tendo os pais até 15 dias para registrar o recém-nascido em cartório.

Foto: Semop

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