Após a tentativa de Jair Bolsonaro de fazer mudanças na Petrobras, instalou-se um clima de tensão referente às interferências políticas nas estatais. Diversas casas de análise reduziram para equivalente a venda ou colocaram recomendações das ações da Petrobras em revisão, assim como foram rebaixadas, pelo Credit Suisse, as avaliações do Banco do Brasil e da Eletrobras.
Em meio às críticas de Jair Bolsonaro referente aos preços dos combustíveis, ele anunciou, na última sexta-feira (22), do desejo de substituição de Roberto Castello por Joaquim de Silva e Luna para a presidência da Petrobras. A partir disso, segundo a Info Money, diversas casas de análise já reduziram para equivalente à venda ou colocaram a recomendação das ações da estatal em revisão. A Credit Suisse, a XP Investimentos e a Bradesco BBI cortaram a recomendação e o preço-alvo. Já a Morgan Stanley suspendeu a recomendação.
O Credit Suisse, após a fala do presidente sobre a Petrobras, rebaixou a avaliação do Banco do Brasil de outperform para neutra, alegando risco de interferência política. O preço-alvo das ações do banco foi reduzido de R$ 46 para R$ 38. O banco suíço argumenta que o presidente da República já havia tido desavenças com o presidente do BB, André Brandão, depois dele ter anunciado medidas de reestruturação que provocaram um corte de unidades e servidores.
O Credit Suisse afirmou que a declaração do presidente da República sobre as mudanças na tarifa de energia devem aumentar as preocupações quanto ao setor, inclusive para a Eletrobras. O banco reduziu o preço-alvo das ações ELET6 de R$ 40,2 para R$ 32, e a avaliação de outperform para neutra. E as ações ELET3 de R$ 36,9 para R$ 28,3, com avaliação de neutra para underperform.
Foto: Divulgação/Petrobras Logo da Petrobras em um prédio.