No acumulado do ano de 2020, as vendas do comércio varejista ampliado na Bahia apresentaram queda de 7,9% em comparação ao ano anterior. O resultado foi o pior entre os estados brasileiros e ficou bem abaixo da média do país como um todo (-1,5%). Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e foram divulgados hoje (10).
O desempenho final de 2020 foi o pior para o varejo ampliado baiano desde 2016 (-11,1%). O varejo ampliado engloba o varejo restrito mais as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
O resultado negativo no ano se deu em razão da queda recorde para o estado na venda de veículos, motocicletas, partes e peças (-24,1%). Este foi o pior número na Bahia desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, em 2001.
Foi também o primeiro resultado negativo da atividade após três anos de alta e o maior recuo entre os 12 estados onde esse segmento é investigado separadamente. Todos os estados apresentaram retração na atividade.
Por outro lado, houve alta na venda de material de construção em 2020 (9,6%). Foi o melhor resultado para a atividade no estado desde 2010 (14,6%) e o 5º melhor resultado do país no ano passado.
No mês de dezembro, o varejo ampliado da Bahia apresentou queda (-1,5%) frente a novembro, na série com ajustes sazonais. Porém, o resultado ficou acima da média do país como um todo (-3,7%). Nesta comparação, apenas o estado do Amapá apresentou resultado positivo (3,8%).
Já na comparação dezembro 20/ dezembro 19, a Bahia apresentou a maior queda do país (-4,7%), empatada com o Rio Grande do Sul. Apenas cinco estados apresentaram retração, com a média do país sendo positiva (2,6%).
Foto: Fábio Tito/G1