A pandemia aqueceu as vendas de motos no país, não apenas em função do aumento do delivery e do fortalecimento dos aplicativos de entrega. Para fugir do transporte público, consumidores investem na compra de motos, veículo mais barato, com menor custo de combustível.
Porém, em alta desde maio, o setor registrou queda de 3,5% no mês de outubro, em relação ao mês anterior, e em novembro a retração mensal dobrou para quase 7%, segundo levantamento de A Tarde.
As vendas de motocicletas registraram retração de 6,99% em novembro/2020, totalizando 89.440 unidades. Em outubro foram 96.160 emplacadas. Se comparado a novembro de 2019 (88.418 unidades), o resultado aponta alta de 1,16%.
Mas o segmento de motos na Bahia surpreendeu em novembro e cresceu 13,7% em relação ao mês anterior, com a venda de 5.612 motos, ante 4.935 unidades de outubro. Por apenas 22 unidades, o 11º mês do ano não atingiu o volume de novembro de 2019, quando foram vendidas 5.634 motocicletas. No acumulado do ano no estado, a queda nas vendas é de -11,2%.
Apesar da maior oferta de crédito, boas condições de financiamento e dos juros baixos, a falta de estoque tira o sono dos empresários do setor. O cenário aponta para demanda crescente, mas as fábricas não conseguem acompanhar o ritmo de crescimento das vendas.
No entanto, as montadoras conseguiram reduzir o prazo médio de entrega, de 37 dias em outubro para 25 em novembro. Mas ainda assim existe fila de espera, perda de oportunidades e fortalecimento da compra por consórcio, para consumidores que podem esperar.
A tendência aponta para maior venda de scooters, modelos econômicos, mais fáceis de pilotar e que tradicionalmente agradam mais as mulheres.
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